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Ceará 1x0 Vitória: Análise da vitória na Série A no Presidente Vargas
Por Redação FutCeará em 04/05/2025 04:13
A Força do Presidente Vargas e a Vitória Necessária
O triunfo sobre o Vitória, por 1 a 0, no último sábado (3), no Presidente Vargas, representou mais do que apenas três pontos para o Ceará na Série A. Consolidou a impressionante sequência invicta da equipe em seu estádio. O Presidente Vargas tem se mostrado um verdadeiro alçapão, com treze jogos e onze vitórias, sem derrotas desde 2023. Em 2025, o desempenho é perfeito: oito partidas, oito triunfos.
Esse desempenho caseiro é crucial para a campanha na Série A, onde o Vozão acumula agora onze pontos valiosos, posicionando-se na porção superior da tabela. O técnico Léo Condé, inclusive, pôde repetir a formação que enfrentou o Palmeiras no meio da semana, demonstrando confiança no elenco e na estratégia adotada.
A partida contra o Vitória, válida pela sétima rodada, ilustrou perfeitamente a capacidade do time de se reinventar dentro de noventa minutos. O Ceará exibiu duas faces completamente distintas ao longo do jogo, com uma transformação notável entre as etapas.

A Passividade Inicial e os Riscos da Bola Aérea
No entanto, a jornada rumo à vitória não foi linear. Os primeiros vinte minutos da partida evidenciaram um Ceará excessivamente cauteloso, que mais se defendeu do que atacou. O Vitória encontrou espaços, especialmente pelo alto, criando duas situações de perigo real com Neris e Carlinhos, que, felizmente para o Vozão, não encontraram o alvo. A única tentativa de resposta do Ceará veio em uma cobrança de falta com Mugni, mas o ritmo geral da equipe era lento e previsível.
A defesa do Vitória mostrou-se organizada, neutralizando o trio ofensivo formado por Pedro Henrique, Pedro Raul e Galeano, que pouco produziu na etapa inicial. Embora Galeano tenha arriscado um chute no final da etapa, que desviou e quase entrou, a produção ofensiva foi pífia. O calcanhar de Aquiles continuou sendo a bola aérea, e Lucas Braga voltou a assustar o goleiro antes do intervalo, reforçando a necessidade de ajustes urgentes.
A Transformação Pós-Intervalo e o Impacto da Bola Parada
A pausa para o intervalo parece ter sido um ponto de virada. A conversa do técnico Léo Condé com a equipe surtiu um efeito notável. A única alteração na formação inicial foi a entrada de Rafael Ramos na lateral direita, substituindo Fabiano Souza. O Ceará retornou ao gramado com uma postura completamente diferente, demonstrando intensidade e agressividade desde o apito inicial.
Em apenas dez minutos da etapa complementar, o panorama do jogo mudou radicalmente. O Ceará acumulou oportunidades claras de gol: Pedro Henrique teve duas chances, Matheus Bahia também chegou perto. A pressão culminou no gol de Marllon. A bola parada, ineficaz no primeiro tempo, tornou-se a arma letal do Vozão, alterando o clima no Presidente Vargas e incendiando a torcida com a demonstração de ímpeto ofensivo que faltou na etapa inicial.
Ajustes Táticos e Desempenho Individual
Léo Condé promoveu outras mudanças ao longo da segunda etapa que também impactaram o jogo. A entrada de Bruno Tubarão no lugar de Galeano, marcando a estreia do jogador após um longo período afastado por lesão, foi um dos destaques. O ataque ganhou volume, com Rômulo e Pedro Henrique exigindo boas defesas de Lucas Arcanjo. Lelê também teve uma chance claríssima, mas desperdiçou, mostrando que, apesar da melhora, a eficiência ainda pode ser aprimorada.
Apesar da postura mais ofensiva, a dupla de zaga, composta por Marllon (autor do gol decisivo) e Willian Machado, manteve a segurança, respondendo bem aos poucos ataques do Vitória na segunda etapa. Essa solidez defensiva, combinada com a agressividade renovada no ataque, foi o combustível necessário para a equipe se reerguer e conquistar os pontos, especialmente após a derrota anterior para o Palmeiras pela Copa do Brasil.
O Rumo na Série A e as Próximas Etapas
Com a vitória assegurada, o Ceará terá tempo para recuperar e ajustar detalhes, já que o próximo compromisso pela Série A está agendado apenas para o dia 12 de maio, fora de casa, contra o Santos. A equipe de Léo Condé, até o momento, realiza uma campanha considerada correta e promissora, especialmente se mantiver a capacidade de reação e a intensidade demonstrada na segunda etapa contra o Vitória.
A combinação de peças ajustadas, organização tática e, sobretudo, a determinação demonstrada em campo, justifica o apoio da torcida, que compareceu em peso ao PV e fez a sua parte na festa. Este tipo de performance, com capacidade de reação e ajuste, é fundamental para os objetivos na competição nacional e para consolidar o bom início de campeonato.
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