Ceará x Bahia: Análise Tática Completa e Projeções de Jogo

O embate entre Ceará e Bahia projeta-se como um dos mais equilibrados do calendário do Campeonato Brasileiro, independentemente do local de sua realização. Um retrospecto histórico aponta para essa paridade: em cinco confrontos disputados no mando do Ceará desde 2006, o placar se dividiu em duas vitórias para cada equipe e um único empate, com os triunfos alternando-se a cada encontro, um indicativo da imprevisibilidade que cerca este clássico.

A análise dos padrões ofensivos e defensivos revela características distintas que podem ser decisivas. O Ceará demonstra uma notável capacidade de balançar as redes por meio de jogadas aéreas, sendo esta a origem de sete dos últimos nove gols da equipe, e de quinze dos vinte totais. Este é um dado que merece atenção especial, dada a vulnerabilidade do Bahia neste quesito, que sofreu dez dos últimos quatorze gols, e quatorze de vinte e um no total, justamente por esta via.

Por outro lado, o Bahia exibe maior eficácia na construção de lances rasteiros, com onze dos últimos treze gols, e dezenove dos vinte e seis totais, originados dessa forma. O Ceará, por sua vez, registrou três de seus últimos sete gols sofridos, e seis de dezoito na competição, em lances de bola rasteira, sugerindo uma área de atenção para sua defesa diante da abordagem adversária.

Padrões Ofensivos e Vulnerabilidades Defensivas

Observando o desempenho como mandante, o Ceará ostenta a décima melhor campanha (com cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas, totalizando 52% de aproveitamento). Contudo, essa solidez defensiva contrasta com a fragilidade de seu ataque, o terceiro pior da liga, com apenas dez gols marcados e uma média de 0,91 por partida. A defesa, todavia, figura como a segunda melhor em casa, com somente oito gols sofridos e uma média de 0,73 por confronto. Em quatro dos onze jogos disputados em seu domínio, a equipe não foi vazada, posicionando-se como a sétima melhor defesa mandante nesse aspecto.

Em contrapartida, o Bahia apresenta a sexta melhor campanha como visitante (com três vitórias, três empates e quatro derrotas, alcançando 40% de aproveitamento). Seu ataque fora de casa ocupa a décima posição, com dez gols e média de 1,00 por jogo, enquanto a defesa é a nona, com quatorze gols sofridos e uma média de 1,40 por confronto. A equipe conseguiu manter sua meta invicta em três dos dez jogos como visitante, configurando a quinta melhor marca defensiva atuando longe de seus domínios.

Para uma visão mais clara das performances, a tabela abaixo detalha as principais métricas de desempenho de ambas as equipes:

O Desempenho em Casa e Fora: Um Raio-X Detalhado

No que tange à capacidade ofensiva, o Ceará, atuando em seus domínios, figura como o terceiro pior ataque em termos de volume, com uma média de 11,9 finalizações por partida. Sua eficiência, por sua vez, é a quinta pior entre os mandantes, necessitando de uma média de 13,1 tentativas para converter um gol. O Bahia, como visitante, demonstra ser o sétimo time que mais concede finalizações, com uma média de 13,3 por jogo, e ocupa a 12ª posição em resistência defensiva, sofrendo um gol a cada 9,5 conclusões adversárias.

A Lupa sobre a Eficiência e Resistência

No panorama dos visitantes, o Bahia se posiciona como o sétimo em volume de finalizações, com uma média de 11,0 por partida. Contudo, sua eficácia é a sexta menor, demandando 12,2 tentativas para cada gol marcado. O Ceará, em casa, destaca-se por ser o sétimo mandante que menos finalizações sofre, com uma média de 9,3 por jogo, e apresenta a sexta maior resistência a estas, concedendo um gol somente a cada 12,8 conclusões dos oponentes.

A confluência desses dados aponta para um cenário de intensa disputa tática. O Ceará buscará capitalizar sua força defensiva em casa e aprimorar a eficiência de suas jogadas aéreas, enquanto o Bahia tentará explorar sua capacidade de jogo rasteiro e superar a resistência defensiva do adversário. O confronto será, sem dúvida, um teste de estratégias e execução.