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Coutinho: 100 Jogos Pelo Vasco no Confronto Contra o Ceará – Uma Análise Profunda

Por Redação FutCeará em 14/09/2025 14:52

O palco está montado em São Januário para um evento que transcende a simples disputa de pontos pelo Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, às 20h30 (horário de Brasília), o confronto entre Vasco e Ceará, válido pela 23ª rodada, será marcado por um feito significativo na carreira de Philippe Coutinho. O talentoso meio-campista alcançará a expressiva marca de 100 partidas vestindo a camisa do clube que o formou e o projetou para o futebol profissional.

Para celebrar este marco, o Vasco da Gama orquestrou uma homenagem especial. Em um gesto que remete às suas raízes, Coutinho foi convidado a visitar o colégio localizado em São Januário, ostensibly para doar o quadro que simbolizou sua renovação contratual. Contudo, a ocasião se revelou uma surpresa cuidadosamente planejada, com a presença de sua família e a entrega de uma camisa emoldurada com o número 100, simbolizando a centésima aparição.

O ápice do tributo foi o retorno à quadra onde, aos sete anos de idade, o jovem "Philippinho" deu seus primeiros toques na bola. Este reencontro com o passado, segundo o próprio jogador, trouxe à tona memórias profundas e a essência de sua trajetória no esporte.

A Emoção do Retorno às Origens e o Sonho do Profissional

A emoção de Coutinho era palpável ao revisitar os corredores e o ginásio que moldaram seu início. Ele compartilhou suas reflexões com a Vasco TV sobre a importância de reviver esses momentos e a realização de um sonho que parecia distante na infância.

"Fazia tempo que não vinha no ginásio, onde tudo começou. Desde ali na entrada, na hora que parei o carro e vi a estrutura que é a mesma, me fez relembrar muito meu início. Esse quadro com essa camisa, para mim é muito especial completar 100 jogos pelo clube que sempre sonhei me tornar profissional. Meu sonho no início era só esse, tornar profissional como os caras que eu via treinando e jogando. Vestir a camisa do Vasco, fazer um gol pelo Vasco, ser um jogador que as pessoas admirassem, que as crianças se espalhassem. Hoje é um dia especial, 100 jogos com essa camisa não é uma marca pequena. Dia muito feliz para mim."

A entrevista concedida ao canal oficial do clube revelou detalhes íntimos de sua formação. Coutinho rememorou sua natureza reservada nos primeiros dias do futsal vascaíno, quando era carinhosamente apelidado de "Philippinho". Sua timidez inicial contrastava com a paixão incipiente pelo gol, uma faceta incentivada por seu pai, Zé Carlos.

De "Philippinho" Tímido a Goleador Persistente

Os primeiros passos nas quadras de São Januário foram marcados por uma relutância inicial, superada pela persistência dos treinadores Robson e Ricardo. Coutinho descreveu um apego tão grande ao futsal que a transição para o campo se tornou um dilema.

"Foi onde tudo começou para mim. Sempre fui bastante tímido, lembro que nesse meu primeiro dia não queria entrar, ficava no cantinho ali, atrás da cesta de basquete. Depois vim para a arquibancada, para perto dos meus pais, não queria treinar. O treinador era o Robson e tinha o professor Ricardo também, eles foram me convencendo. Fiz um treino muito bom e eles me aprovaram. Eu amava isso aqui, teve até o momento que tinha que escolher entre campo e futsal e não queria sair da quadra."

A vocação para o passe, para a assistência, era inata. Coutinho sempre prezou pela jogada que culminava no gol do companheiro. Contudo, seu pai, percebendo a necessidade de desenvolver também o instinto artilheiro, aplicou um método peculiar para motivá-lo a balançar as redes.

"Sempre achei muito bonito chegar na cara do gol e dar o passe para o lado, e o cara fazer o gol sozinho. Lembro que em alguns treinamentos ele (pai) foi um pouco mais rígido porque todo mundo fazia gol, e eu dava o passe para o pessoal fazer. Ele e meus irmãos começaram a tentar me motivar com dinheirinho para comprar lanche na Barreira. R$ 5, R$ 10, a partir dali mudou um pouco, eu entrava um pouco mais motivado para fazer o gol (risos)."

O Retorno do Ídolo e a Busca Incessante por um Título

Aos 33 anos, Philippe Coutinho não apenas concretizou o desejo de se tornar um jogador profissional do Vasco, mas também se consolidou como um ícone do clube, para onde sempre almejou retornar após uma jornada vitoriosa pelo futebol europeu. Sua volta, segundo ele, foi motivada por um laço inquebrável de gratidão e afeto.

"Nunca tive outra opção na minha cabeça, minha volta seria somente para cá. Pela gratidão, pelo amor que tenho ao clube. Foi uma demonstração de carinho por parte dos torcedores que eu não imaginava, isso fica na minha cabeça de cada dia trabalhar mais, retribuir todo esse carinho que recebo dentro de campo para eles. Está no sangue, na nossa família. Meu grande e maior sonho no momento é ganhar um título com a camisa do Vasco. É o que me faz acordar, vir treinar, dar meu melhor a cada dia."

Apesar da celebração individual, o foco permanece no coletivo. A meta de conquistar um título com a camisa cruzmaltina é o motor que impulsiona o atleta diariamente, um objetivo que o Ceará, como adversário direto, certamente tentará adiar nesta rodada do Campeonato Brasileiro.

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