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Ceará 2025: Rebaixamento, Título Estadual e Saída de Léo Condé
Por Redação FutCeará em 29/12/2025 10:44
O ano de 2025 ficará marcado na memória do torcedor alvinegro como um período de contrastes profundos e um desfecho melancólico. O que começou com a euforia de um título estadual invicto terminou com o amargor de um rebaixamento para a Série B, expondo falhas de planejamento que eclipsaram as conquistas pontuais. O Ceará encerrou a temporada com um saldo de duas metas atingidas e duas frustrações determinantes para o futuro da instituição.
A queda para a segunda divisão do futebol nacional não foi apenas um acidente estatístico, mas o resultado de uma oscilação perigosa em momentos cruciais. Embora o clube tenha apresentado lampejos de bom futebol, a incapacidade de manter a regularidade no segundo semestre selou o destino da equipe. Abaixo, detalhamos os números e os fatos que regeram este ano conturbado em Porangabuçu.
O Desfecho de um Ciclo: A Saída de Léo Condé
O rebaixamento trouxe consigo o encerramento de uma das passagens mais longevas de um treinador no comando do Vovô. No dia 10 de dezembro, apenas três dias após a confirmação da queda, Léo Condé deixou o cargo. Ele foi o primeiro técnico em 44 anos a iniciar e concluir uma temporada inteira no clube, somando 523 dias de trabalho e consolidando-se como um dos profissionais mais estáveis da elite nacional até então.
Ao lado de seus auxiliares Renatinho Negrão e Diego Kami Mura, Condé se despediu com um currículo que mistura o acesso conquistado anteriormente e o título cearense de 2025. Entretanto, o desgaste do rebaixamento tornou a renovação contratual inviável para ambas as partes. O treinador encerrou sua trajetória com 85 partidas disputadas, acumulando 38 triunfos, 17 empates e 30 reveses.
O Drama da Série A e a Queda Fatal
A trajetória no Campeonato Brasileiro de 2025 foi uma montanha-russa emocional. Durante a maior parte da competição, o Ceará parecia distante de qualquer perigo real, conquistando vitórias expressivas contra gigantes como São Paulo, Corinthians e Cruzeiro, além de manter a hegemonia nos clássicos contra o Fortaleza. Contudo, a reta final foi implacável.
O momento de ruptura ocorreu na 33ª rodada. Uma derrota para o Internacional impediu que o time atingisse os 45 pontos, considerados a margem de segurança. Na sequência, o Alvinegro sucumbiu diante de Flamengo e Palmeiras, somando apenas um ponto contra o Cruzeiro. O dado mais cruel da temporada é que o Ceará frequentou a zona de rebaixamento por apenas 30 minutos em todo o campeonato ? justamente os minutos finais da última rodada, suficientes para decretar o descenso.
| Competição | Meta Estipulada | Resultado Alcançado |
|---|---|---|
| Campeonato Cearense | Título | Campeão (Meta Atingida) |
| Copa do Nordeste | Semifinal | Eliminado na Semifinal (Meta Atingida) |
| Copa do Brasil | Oitavas de Final | Eliminado na 3ª Fase (Meta Não Atingida) |
| Série A | Permanência | Rebaixado (Meta Não Atingida) |
Frustrações nas Copas Nacionais e Regionais
Na Copa do Brasil, o desempenho financeiro e esportivo ficou abaixo do planejado. Após superar Sergipe e Confiança nas fases iniciais, o Ceará parou no Palmeiras na terceira fase. Com duas derrotas e um placar agregado de 4 a 0, o clube não conseguiu atingir as oitavas de final, perdendo a oportunidade de arrecadar premiações mais robustas.
Já na Copa do Nordeste, o Vovô cumpriu o objetivo mínimo de chegar às semifinais, mas a despedida foi dolorosa. Em um confronto equilibrado contra o Bahia na Arena Fonte Nova, uma falha individual do sistema defensivo nos instantes finais custou a vaga na decisão. Apesar da eliminação por 1 a 0, a diretoria considerou a campanha satisfatória dentro do cronograma estabelecido para o torneio regional.
O Brilho Efêmero do Heptacampeonato Invicto
O único momento de glória plena em 2025 ocorreu no primeiro trimestre. O Ceará conquistou o Campeonato Cearense de forma incontestável, terminando a competição sem sofrer nenhuma derrota. Com uma campanha perfeita na fase de grupos, o time liderou o Grupo A com 100% de aproveitamento antes de despachar o Maracanã nas semifinais.
A final contra o maior rival foi decidida nos detalhes. Após vencer o primeiro jogo por 1 a 0, com gol de Fernando Sobral, o Alvinegro segurou o empate por 1 a 1 na volta, com Pedro Raul balançando as redes. O título garantiu ao clube um feito histórico: o bicampeonato invicto, marca alcançada por pouquíssimas equipes na trajetória centenária do futebol cearense. Infelizmente para o torcedor, o brilho da taça estadual não foi suficiente para iluminar o restante de um ano que terminou em sombras.
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