Ceará: Montagem do Elenco para Série B e o Dilema de Vina

A diretoria do Ceará, em um movimento estratégico crucial, direciona seus esforços para a montagem de um elenco robusto para a Série B de 2026. A prioridade reside em estabelecer uma espinha dorsal sólida para o técnico Mozart, com cerca de quinze atletas já considerados parte dessa fundação. Contudo, a compreensão interna é clara: a qualificação do plantel exige a adição de peças específicas.

O planejamento atual reflete uma análise minuciosa das carências expostas durante a disputa da Série A, buscando não apenas preencher lacunas, mas também harmonizar as expectativas do grupo com a filosofia do novo comando técnico. Já há indicações de potenciais reforços, como o lateral-direito Alex Silva, que se destacou na campanha vitoriosa do Coritiba na Série B.

A data de reapresentação, marcada para 2 de janeiro, assume um caráter decisivo, visando a finalização das contratações e das dispensas, garantindo que o elenco esteja plenamente preparado para o início das atividades presenciais. A expectativa é que o técnico Mozart encontre um grupo com maior potencial competitivo do que aquele que comandou no Coritiba em 2025.

Ceará: A Base para a Série B e Novos Rumos

A projeção de uma equipe titular para o começo da nova temporada, baseada nas peças consideradas fundamentais, esboça um panorama inicial para o trabalho de Mozart:

Além desses nomes, jogadores como Matheus Araújo, Guilherme e Lucas Lima permanecem na disputa por um espaço, buscando uma revitalização em suas trajetórias no clube.

Neste cenário de reestruturação, onze atletas emprestados já têm seu retorno garantido aos clubes de origem. O foco principal em termos de permanência recai sobre Zanocelo, com negociações avançadas junto ao Santos. Por outro lado, nomes com contratos findados, como o goleiro Fernando Miguel, já a caminho do Guarani-SP, e o volante Lourenço, que se transferiu para o Goiás, não integrarão o elenco para a Série B.

O Futuro de Vina: Um Dilema Tático e Financeiro

Legenda: Vina reestreou pelo Ceará na derrota para o Juventude na Arena Castelão Foto: Thiago Gadelha / SVM

Com uma ligação contratual com o Ceará que se estende até dezembro de 2026, Vina, aos 34 anos, representa um ponto de interrogação. Sua reestreia em julho de 2025, cercada pelo status de ídolo, não culminou em um desfecho favorável na Série A. Momentos como a expulsão na partida contra o Internacional e a subsequente perda de espaço sob a gestão de Léo Condé marcaram sua fase recente.

Essa sequência de eventos culminou em um considerável desgaste com a torcida. Soma-se a isso o fato de Vina possuir um dos vencimentos mais elevados do atual plantel. Contudo, seu contrato vigente e a adequação de seu salário à realidade financeira do clube, aliada à sua inegável capacidade técnica para a Série B, complexificam qualquer decisão.

A diretoria, portanto, pondera cuidadosamente sua situação. O perfil de Mozart, que valoriza a presença de um meio-campista cerebral, com exímia capacidade na bola parada e na construção de jogadas ? um verdadeiro camisa 10 ?, alinha-se às características de Vina. O técnico, inclusive, obteve sucesso com o português Josué, de 35 anos, no Coritiba. O posicionamento de Mozart será crucial para o desfecho dessa questão, que pode, inclusive, levar à prospecção de um novo nome no mercado.